Carma é a lei da ação e reação que rege
a vida dos seres humanos, é a síntese da lei divina;
no livre-arbítrio está a faculdade de
trafegar pelos meandros do carma.
Assim falou INRI CRISTO:
“DEUS, meu PAI, que é o
SENHOR do destino, sendo onisciente,
onipotente e onipresente, sabe tudo que irá suceder no decorrer da vida dos
seres humanos. Cada ser humano, ao reencarnar, traz consigo a herança carmática
das precedentes encarnações, que, aliada ao destino, à predestinação de cada
um, determinará as circunstâncias do nascimento: se nascerá saudável ou
defeituoso, num lugar de paz ou de guerra, num ambiente disciplinado ou
promíscuo, numa família próspera ou desafortunada pela sorte... (salientando
que nascer pobre materialmente não implica ser miserável; miséria é um mal do
espírito, sinal de orfandade, exclusão das bênçãos de DEUS, por outro lado, a
riqueza material só é salutar quando respaldada pela bênção divina,
propiciadora da sapiência). Cada encarnação é uma nova etapa na gigantesca
escola da vida; cada espírito carrega sutilmente a bagagem das vidas anteriores
– as lições aprendidas – traduzidas na índole, nas predisposições do caráter. Assim,
de acordo com as circunstâncias impostas pelo carma, cada um nasce, cresce, se desenvolve
física e intelectualmente, inicia a vida adulta a partir dos 21 anos, torna-se
um ser independente... e a partir daí, ele tem diante dos olhos, diante de si,
várias opções de vida (é claro, dentro dos limites da evolução espiritual de
cada um), que o CRIADOR bondoso e perfeito, meu PAI, lhe concede,
facultando-lhe o bom ou mau uso do livre-arbítrio.
Mas até que ponto o carma
pode preconizar o destino, a sorte ou o azar, a fatalidade ou a bonança, a
bênção ou o desprezo de DEUS, enfim, a forma de viver de cada ser humano? Como
explicar que, nascendo sob idênticas circunstâncias, ao mesmo tempo em que
algumas pessoas, por mais que lutem, não conseguem sair do lugar, enquanto
outros com pouco esforço prosperam, são beneficiados pelas bênçãos divinas? Aí
entra o carma, o débito ou crédito carmático, que influencia na sorte ou azar
no destino de cada indivíduo de acordo com o bom ou mau uso que fez da riqueza,
dos bens materiais, da posição social, da inteligência... em vidas anteriores
ou mesmo na vida presente.
Há que se compreender o mecanismo da divina lei do
carma, que é a lei da ação e reação, para que cada um se posicione perante si
mesmo, perante seus semelhantes e acima de tudo, perante DEUS. O que cada
um vive no presente resulta de suas boas ou más ações passadas, suas palavras e
projeções mentais positivas ou negativas em relação a si e aos outros. Ou seja,
as circunstâncias em que alguém nasce, cresce e vive são pré-determinadas,
orientadas pelo carma, pela lei da ação e reação, todavia isso não obriga
ninguém a ser infeliz, insatisfeito, frustrado, ingrato, a ter um comportamento
irresponsável, a se sentir vítima da sorte, a viver de mau-humor e tratar mal a
tudo e a todos... Não, meus filhos. Ninguém
colhe o que não planta. Ninguém recebe o que não merece ou não faz por merecer,
e ninguém recebe se não estiver aberto para receber... Uma vez compreendendo
que o passado não podeis mudar e que se estais passando por um sofrimento ou
uma purgação, isso significa o resgate de um débito carmático, então deveis
conservar a paciência, humildade e confiança em DEUS. É aí onde entra o
livre-arbítrio e a capacidade de superar limites, de sobrepujar os obstáculos, o
dom de transformar os infortúnios em oportunidades de aprendizado e de
enriquecer na sabedoria. Cabe a cada um
usar a inteligência, desenvolver a sagacidade a fim de propiciar uma situação
carmática favorável para continuar sua jornada na Terra. Há que se pedir
inspiração ao ALTÍSSIMO para descobrir e explorar as próprias potencialidades,
as virtudes ocultas esperando o amadurecimento do espírito para se aflorar. De
novo, de acordo com o estágio evolutivo, de acordo com o grau de transcendência
espiritual cada um terá o dom de compreender, assimilar e colocar em prática
minhas palavras.
É o que já ensinei há dois
mil anos na Parábola dos Talentos
(Mateus c.25 v.14 a 30). Todo ser humano nasce com um dom, alguns nascem às
vezes com mais de um dom de acordo com os atributos pessoais, de acordo com o
destino e a missão. Multiplicar os talentos (as moedas, no caso da parábola),
significa administrar o dom ou os dons recebidos do ALTÍSSIMO a fim de produzir
boas obras, gerar bons frutos; alguns produzem mais, outros menos, e por isso eu
disse que ao que tem lhe será dado e terá em abundância, e ao que não tem, até
o que pensa ter lhe será tirado. O servo preguiçoso que recebeu o talento e não
o multiplicou se assemelha aos indivíduos que não exploram seus potenciais, que
não fazem bom uso dos dons que receberam de DEUS e ficam patinando num círculo vicioso, arremessando seus fluidos
energéticos em direção aos servos diligentes e esforçados que fazem bom uso de
seus muitos dons.
O Supremo CRIADOR já sabe
qual será o destino, o final da viagem de cada ser humano em sua jornada na
Terra, mas isso não quer dizer que não lhe será aberto um leque de opções, cada
qual de acordo com o seu grau evolutivo, de acordo com o seu carma. Quando
chegarem ao final da viagem, os que aproveitaram bem as oportunidades olharão para
trás e dirão: “Eu fiz a minha parte, cumpri minha missão, estou satisfeito, não
tenho do que me arrepender”. Mas DEUS, que é tão bondoso, misericordioso, ao
mesmo tempo propicia que o carma sirva de consolo aos incompetentes, relapsos,
preguiçosos, enfim, aos que não foram suficientemente inteligentes, não
souberam ou não se esforçaram para interpretar a lei, mormente quando estiveram
em contato com o Filho do Homem. O SENHOR, meu PAI, permite que eles permaneçam
cegos, como já estavam quando não enxergaram os meandros da lei divina; e
então, olhando para trás, vendo os erros cometidos, as falhas, as oportunidades
perdidas, dirão a si mesmos: “Ah, era o meu carma”. Esse mesmo carma que não
souberam assimilar e com o qual não conseguiram se coadunar serve-lhes,
portanto, como prêmio de consolação.
Isto é uma advertência para
que as pessoas não insistam em dizer durante a vida: “Ah, mas esse era o meu
carma”, como já escutei muitos se lamentarem depois de escorregar no sabonete.
Não sou eu que coloco o sabonete. O sabonete está ali, todavia tu escorregas se
queres, como já expliquei nas parábolas do
Veado Galheiro e da Escada de Sabão.
Prestai atenção no erro, no equívoco de interpretação dos ingênuos, dos incautos
obstinados. Estes pensam: “DEUS já sabia que isso estava no meu destino, esse era
o meu carma”. Em verdade vos digo: DEUS, meu PAI, por ser onipresente, onisciente e onipotente, sabe sim o destino de cada um,
mas Ele não interfere (exceto em atenção
a súplicas), por isso concede a cada um o poder, a inteligência e a faculdade
do discernimento. Se o teu destino é ir ao Rio de Janeiro, por exemplo, tu tens
o direito de escolher os meios e por qual caminho transitarás: podes viajar de
avião, pelo mar, de motocicleta, de automóvel, de trem ou até mesmo a pé; podes
optar por rotas diferentes, fazer uma pausa a fim de desfrutar a paisagem...
mas no final terás que chegar ao Rio de Janeiro. O mais fantástico é que o
SENHOR do destino já sabe de antemão qual rota irás escolher, as decisões que
tomarás, os obstáculos que terás de sobrepujar... Mas não é porque o SENHOR sabe o teu destino que vais viver ao léu
pensando: “DEUS já sabe o meu destino, já sabe que sou um desgraçado mesmo, já
sabe que sou incompetente, não vale a pena lutar...”. É aí que entra o
livre arbítrio e cabe a ti, e somente a ti, decidir o teu rumo; mas ao mesmo
tempo em que usufruis do livre-arbítrio, ele é uma fantasia e torna-se até
mesmo um castigo aos prepotentes e orgulhosos que pensam presunçosamente serem
donos de seus destinos, pois na verdade o destino de todos está nas mãos do
Eterno SENHOR do Universo. O mecanismo da lei divina é muito sutil, cheio de
nuances. E de novo nisso tudo se exalta a justiça divina, porque de acordo com o grau evolutivo de cada um,
DEUS dá mais ou menos dom de compreender e assimilar sempre em harmonia com a
eterna lei da igualdade, que, vale dizer uma vez mais, consiste unicamente em
distribuir-se desigualmente a desiguais na medida em que se desigualam. Existem
detalhes que não podes perceber agora, mas poderás ver daqui a uma semana, um
mês ou décadas... Alguns podem se deixar guiar por um lobo com pele de ovelha
(Mateus c.7 v.15) e depois lá na frente descobrirão que foram induzidos para o
lado negativo, para o lado das trevas; por isso muitos preferem andar sozinhos
até me reencontrar. Os espíritos
desocupados tentam preencher o vácuo do ócio lucubrando, conjecturando por onde
se esquivar, atropelar, vilipendiar a universal lei divina, como se possível
fosse.
Por isto, meus filhos,
despertai o lado sublime, divino da inteligência para fazer boas obras, vivei
as grandes virtudes humanas, cultivai pensamentos nobres, elevados, altruístas,
colocai em prática os ensinamentos que vos ministro da parte de meu PAI, SENHOR
e DEUS, e assim mudareis positivamente o curso de vossas vidas, usareis o mecanismo da lei do carma em
vosso benefício. Está em vossas mãos, em vossa decisão assumir uma atitude
de responsabilidade, reciclar velhos conceitos, adquirir novos hábitos
salutares, aproveitar as oportunidades para crescer... Nada irá mudar em vossas vidas a menos que vós mudeis, a menos que vós
mesmos transformeis o vosso interior, a vossa forma de lidar com os problemas e
adversidades. Há um universo de possibilidades à vossa disposição. Não deveis
permanecer preguiçosamente acomodados, de braços cruzados, esperando que o acaso vos carregue como um peixe morto levado pelas
águas. Se almejais ser dignos de serdes chamados de filhos de DEUS, tendes
que arregaçar as mangas e construir, semear palavras e atos positivos, buscar
em vossas boas obras a justiça e a perfeição... como eu já disse há dois mil
anos: “Buscai o Reino de DEUS e a sua
justiça, e todas as outras coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mateus c.6
v.33). Então a felicidade, a satisfação pessoal, o prazer de viver
encontrareis dentro de vós em estabelecendo a simbiose com o ALTÍSSIMO, meu
PAI, Supremo CRIADOR e único SENHOR do Universo. Não importa o caminho que
estais seguindo, a opção que escolhestes, o tempo que demorais... um dia todos
tereis a consciência de que sois indissociáveis dEle, pois o destino final de
todos é o Eterno SENHOR da vida. Os sensatos meditam, assimilam e se coadunam,
tornando-se com meu PAI e comigo uma só coisa”.
Brasília, 07 de agosto de 2008.
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