Certa ocasião, um magistrado perguntou a INRI CRISTO como aumentar a fé. Mas o que é a fé e qual o propósito da fé? Define-se fé como a crença no sobrenatural, nos fenômenos que a ciência humana é incapaz de explicar. As religiões são baseadas na fé; mas há que se discernir entre o sobrenatural real, verdadeiro, proveniente das autênticas manifestações do Todo-Poderoso, do cosmos, do Infinito, e as ilusões criadas e alimentadas pela fértil imaginação humana. INRI CRISTO nos explica que a fé cega gera fanatismo, todavia a fé torna-se salutar quando é alicerçada e por fim sobrepujada pela conscientização, servindo assim em benefício do ser humano.
Assim falou INRI CRISTO:
“A fé emanada da crença gera fanatismo; todavia a fé emanada da conscientização da lei de DEUS gera poder. O ser humano carece ter fé quando necessita crer em algo, até mesmo em DEUS, todavia ainda não tem consciência de DEUS. Quem meramente tem fé está sujeito ao fanatismo; se tens fé, tu podes acreditar numa causa e defendê-la com unhas e dentes mesmo que não tenhas plena consciência se está certo ou errado. A fé é passível de ser abalada, não obstante a conscientização é inabalável.
DEUS não é manifesto por som ou por imagem. Ele é onipresente, embora nem sempre o ser humano possa compreendê-lo e senti-lo plenamente. Quando o homem não tem consciência plena da existência de DEUS e da onipresença de DEUS, ele necessita ter fé que DEUS existe, ou necessita crer em algo que preencha este vazio, este vácuo espiritual; então ele recorre a uma religião, a uma “divindade”, a uma filosofia. Eis por que quando uma pessoa apenas tem fé, sem a conscientização, ela está sujeita ao equívoco; ela pode ter fé na estátua da “nossa senhora”, num livro considerado sagrado, num ritual supersticioso, num ídolo pagão, num falso profeta, num vigarista qualquer, lobo com pele de ovelha.
Quando uma pessoa tem muita fé, acredita ardentemente em algo mesmo que não seja verdadeiro, ela desperta o mecanismo da fé. Mas como funciona a fé perante o SENHOR? A fé abre os poros, os orifícios do corpo humano por onde entra a bênção do SENHOR, tornando-os receptivos às energias vitais provenientes do cosmos. A fé detona o mecanismo através do qual o ser humano recebe a bênção divina, que se manifesta na obtenção de uma graça, na concretização de um desejo, na cura de uma enfermidade (posto que todas as fraquezas e todas as enfermidades físicas têm sempre início na enfermidade da alma). Ao efetuar um pedido numa fervorosa oração, o penitente projeta-o em direção ao infinito e, de acordo com o fervor da fé e contrição da alma, ele atinge o cosmos e é atingido. No entanto, todas as bênçãos, todas as dádivas têm uma única origem: DEUS, a imensurável fonte de vida e energia que permeia toda a existência, todo o Universo. Eis que o primeiro mandamento consiste em adorar a DEUS só e amá-lo antes de tudo; quando o ser humano deposita a sua fé unicamente em DEUS, o CRIADOR Supremo, ele estabelece uma simbiose e passa a viver em paz e feliz sobre a Terra, livre das fantasias, dos engodos dogmáticos que o arrastam ao tenebroso mundo das trevas.
O SENHOR, em sua grandiosidade e magnanimidade, derrama as bênçãos mesmo sobre os idólatras uma vez que estes foram enganados, ludibriados na fé. A ignorância serve como proteção aos prevaricadores. DEUS permite a existência de ídolos porque faz parte do processo evolutivo dos seres humanos; quem se ajoelha diante de ídolos fica girando em redondo num deprimente círculo vicioso, até que finalmente, ao findar o ciclo de purgação, é-lhe facultado vislumbrar que só o Eterno SENHOR da vida é o provedor de todas as bênçãos, de todas as dádivas, porque Ele é o SENHOR da abundância.
A fé cega amparada unicamente na crença gera fanatismo, turva a visão espiritual do homem, impedindo-o de vislumbrar a verdade. A fé tanto pode ser a crença, a convicção em algo verdadeiro como também pode se basear numa crendice fruto de ilusões e da imaginação humana. Tu podes crer numa estátua, numa “divindade”, no falso profeta, no poder de uma oração, etc. e por causa da fé obter a solução de um problema, a cura de uma enfermidade. Tu podes ter fé que se sacrificares um ser humano ou um animal estarás expiando teus pecados ou agradando a DEUS, podes ter fé que através de um ritual agradarás determinada “divindade”; de acordo com a força da tua fé, efetivamente obterás o que desejas, pois o mecanismo da fé entra em ação. Embora as divindades às quais tu veneras não existam verdadeiramente, consegues o atendimento ao teu pedido, ao teu clamor. A questão é que se tens fé numa estátua considerada uma “divindade” (seja da “nossa senhora”, de um “santo”, de um ídolo pagão), não é a estátua que te atende; na verdade, quando fazes um pedido, ele atinge o cosmos de acordo com o fervor da tua fé, de acordo com a contrição e humildade com a qual projetaste o pedido em direção ao infinito. A Divina Providência te atende, mormente se estás protegido pela ignorância, uma vez que foste enganado na fé pelos sacerdotes traidores da causa divina.
Quanto maior a convicção em algo que não existe e não é real, maior a dificuldade de vislumbrar a verdade e aproximar-se do DEUS verdadeiro, o DEUS que fez os homens, Supremo CRIADOR e único SENHOR do Universo. Por este motivo quando alguém faz um voto, uma promessa para uma estátua e, por causa da força de sua fé, é atendido, ela cai numa armadilha muito perigosa, ardilosa, e torna-se muito difícil desvencilhar-se do tenebroso jugo que a idolatria passa a ser a partir de então. O louvor, a gratidão, a veneração que deveria direcionar unicamente a DEUS, ao CRIADOR Supremo, passa a direcionar aos ídolos, e quando o ser humano envereda pelo caminho da idolatria, ele tem o desprezo de DEUS, fica desamparado, órfão da espiritualidade. Na verdade o potencial de conseguir estava adormecido dentro dela, podia ter conseguido sem o intermédio da estátua, apenas pedindo ao PAI Celeste com a certeza de ser atendido. Tudo é uma questão de conscientizar-se de que unicamente o SENHOR é o provedor das bênçãos e assim pedir e agradecer unicamente a Ele. Dessa forma o ser humano passa a usar positivamente o potencial que adormece em letárgico sono dentro de si mesmo. Quando a fé é substituída pela conscientização da lei de DEUS e do mecanismo da lei de DEUS, o ser humano fica mais próximo de abrir as portas do verdadeiro conhecimento e da verdade.
Por isso a fé deve estar sempre alicerçada na conscientização; neste caso ela deixa de ser meramente uma crença e se torna convicção pessoal. Eu não quero que tenham fé em mim, fé que existi há dois mil anos e agora também. Pois quem tem meramente fé, quem meramente crê que sou Cristo, o Enviado do ALTÍSSIMO, pode de repente mudar de idéia; este é fraco, não se sustenta. Se tiver que enfrentar um fariseu ou um idólatra fanático estará sujeito a abalar sua convicção ou sua fé. Rogo a meu PAI, SENHOR e DEUS que vos conceda o dom de saber quem sou, facultando-vos ter a consciência plena de minha identidade, pois aqueles que sabem quem sou, movidos pela consciência de que sou o Primogênito de DEUS, ancestral da humanidade, tornam-se inabaláveis, manifestam força e determinação no caráter, caminham firmes sobre a Terra. Meu PAI, SENHOR e DEUS, único Ser incriado, único Eterno, único Ser digno de adoração e veneração, único SENHOR do Universo, reenviou-me a este mundo para instruir os meus filhos a ter consciência da existência do poder que dEle emana e da perfeição da lei divina; ensino-lhes a discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal, a fim de que vivam em harmonia com o CRIADOR Supremo e com a mãe natureza”.
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